quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Renúncia

Quando eu for um dia folha seca
Estrada vazia ,caminho e partida
Quando a brandura de meus anseios
Não encontrarem sentido algum
Quando todos os versos se calarem
E o esquecimento estiver em meu coração
Talve a vida tenha me encontrado
Talvez eu seja o sonho de outrora
E o silêncio minha absoluta morada
E tudo quanto tocares,existirá
Apenas um pouco de mim
Saberás então do amor infinito
Das agruras que em meu peito havia
Da infinda ausência arrebatadora
Do desejo ardente em meu peito
Tudo em vão se perdera
Triste renúncia um amor verdadeiro
Gritando dentro de mim -Adeus
Demasiadas lembranças,apenas
Tudo sera,nada mais.


Wander Almeida




Há algo que resiste,é o que tens de mais nobre...
Nenhuma luz ofusca a essência de uma alma
Tu sabes o caminho,é a água mais limpa
a qual não se engana...

Wander Almeida (Luz)

domingo, 7 de dezembro de 2008


Nesta noite de tristeza
Onde tua ausência existe
Onde estrelas não há
Nem sequer vento
Para dizer primavera
Nenhuma esperança leva teu nome
Nenhum pensamento é vão
Tem na lembrança uma verdade
Das tardes que agora terminam sozinhas
Sem o doce sorriso dos teu lábios...

Wander Almeida

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Pai


Lembra quando caminhamos na distância
Querendo definir logo nossos caminhos?
Tinha em mim ainda a inocência dos doze

e minha irmã os passos apressados da adolescência
Eu ia onde você definia, apesar da lonjura, sorria
Tecia sonhos ainda sem caminhos
E tu não seguravas minhas mãos
Eu, você e minha irmã,andávamos juntos
Seguindo em caminhos diferentes na mesma direção.
Não entendia a rudeza de seus anseios
Eu e minha irmã, passos lentos e tu apressado
Foste tu a ausência quando segurei um lápis
Foste tu a saudade quando não chegaste
Fui o que ainda sou, eu, minha irmã e mamãe
Marcas de um tempo, espera e solidão.
Herdei de minha mãe a tristeza
Herança nobre, fardo de certezas pra vida inteira.
Mãe,fomos um, esperando sempre ser pai
Queria ter aliviado tua dor,queria ter preenchido
esse espaço que faltou em tua vida.
Pai,andaste perdido longe de mim,longe de nós...
Foste ausência, foste espera
És a saudade de hoje
Longínqua flor,distante primavera...

Wander Almeida
22/08/2008

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Fragmentos


Aqui,o ontem e talvez o sempre
O infinito trajado de tristeza
Rasgou a arrogância o vestido de seda
Já não me importo,foi também minha incerteza
Acorrentada no fundo de um rio
Fiz os sonhos e com eles meus segredos
Fiz o que a vida me pedira,ocultei desejos
Dancei a musica esqueci meu medo
Não desejei nada além de um amor fiel
Fragmentos da vida,doce amargo de fel
Eu te olho e não te quero sonhos
A sensibilidade estúpida de um homem
Numa folha de papel...
Wander Almeida
06/07/2008
.
...Encostei-me a ti, sabendo bem que eras somente onda.
Sabendo bem que eras nuvem, depus a minha vida em ti.
Como sabia bem tudo isso, e dei-me ao teu destino frágil,
Fiquei sem poder chorar, quando caí...
Cecília Meireles

quinta-feira, 26 de junho de 2008

'A uma Dor


Chora pueril a tua tristeza
Chora a dor indivisível sentença
Chora tua esperança longínqua
Desprezível, amarga, ausência

Chora tua chaga mutilada fétida
Desprezada, lisa, sem tempo
Chora tua solidão, líquida, ríspida
Jorrada em silaba no vento

Chora o que foi um dia a vida
Êxtase de ternura, loucura consentida
Amanhecer de formosura divisível

Chora o amor que te amou, querida
Que agora anda perdido sem vida
Amor este que te escreve ainda.

Wander Almeida

23/06/2008
...Um olhar de despedida, deu flor por toda a vida.
O sonho foi sonhado e o padecimento aceito,
e onde estás amor perfeito...
Cecília Meireles

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Etéreo


Sempre foi uma pergunta, os motivos que levaram
você para este lugar tão distante...
Onde o homem não se respeita e a tristeza anda junto das pessoas...
Confesso que em noites adentro ela também me acompanha, não porque você
está longe, mas pelo sentimento que carrego dentro de mim...
Porque sempre carreguei a culpa do não-discernimento
do nosso ligeiro amor.Sabe que as vezes ainda sonho
com os momentos que estávamos juntos, cada gesto de carinho
cada palavra pronunciada, cada movimento de teus lábios
sorrindo ou não...A dor que sentias quando te encontrei pela primeira vez.
Essa sim me ligou a você de uma forma tão natural, era como se fosse minha,
tão intimo de nós dois...tão singular...ao instante que choramos juntos pela primeira vez.
Era a cumplicidade desses momentos que nos fazia perfeitos, aos nossos olhos, sem importar com que as pessoas pensasse ao nosso respeito.Tarde que se perderam sem dizer adeus...
Vivo a te seguir em pensamentos, imaginando onde você está, o que está fazendo...se está feliz ou se diz tudo que me disse um dia para outra pessoa...acredito que não.
Imagino que as palavras que ouves não trás a segurança de outrora, e que em dias de solidão ainda choras
em busca de alguma coisa que ainda não sabe o que é...Porque sempre foi assim...sempre foi um momento a calhar que tu abraçavas sem hesitar,e assim foi e talvez sempre será...
Porque você falhava em filtrar o que realmente te trazia contentamento...
Se agarrando ao fácil, ao obvio, ao passageiro...
Aí estava minha tristeza, meu cárcere, minha dor...
Ainda sim viveria tudo outra vez,talvez por nós...talvez por mim...não sei.
Sei que vivi o sentimento mais etéreo que um homem pode viver...
E dessa forma tão mágica você fez parte de mim, e assim vou caminhando,revivendo e sentindo
o doce sabor de por um único instante, ter te amado...

Wander Almeida

Se...


O que convém dizer?
Se já não existe cores
Se todas as coisas se perderam...
foram embora as pessoas...
e ninguém pode me ouvir?
O que convém minha vida?
Se não há flores em meu jardim
E o solo estéril não fecunda.
Não há sobras de mim?
Sempre o mesmo talvez...
a mesmo descrença...
a mesma alma vazia...
O que convém tamanha desventura?

Wander Almeida

quinta-feira, 5 de junho de 2008

So eu Sei...

Só eu sei da minha felicidade...
Só eu sei da minha dor...
Só eu sei da minha verdade...
Que não se esconde, para agradar ninguém...
Só eu sei da dificuldade que é caminhar...
Depois de cair de um lugar tão alto...
E mesmo sangrando por dentro, resistir...
Só eu sei como dói lembrar...
Do que poderia ter sido e não será...
Só eu sei a força que tenho que fazer para de novo levantar...
Só eu sei...Só eu e mais ninguém...
Nilza Rodriguez

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Insensatez


A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração quem nunca amou
Não merece ser amado
Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração pede perdão
Perdão apaixonado
Vai porque quem não
Pede perdão
Não é nunca perdoado
(Tom Jobim/Vinícius de Moraes)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Tanto Faz

Tanto faz a dor que me consumiu
E o teu sorriso desempidido sem cor...
Tanto faz a tristeza que me laça
E os seus drink's na noite afora...
Tanto faz se me acompanha a solidão ou não...
e suas descartáveis companhias...
Tanto faz a nota que em mim silência
E a dança dos verbos que pronúncias...
Tanto faz a ausência em meu riso
E as noites que sonho para que chegue o dia...
Tanto faz a distância que traz tua lembrança...
Já sem sentido...sem cor...sem amor...
agora tanto faz...
Wander Almeida
26/04/08

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Quisera


Quisera o tempo
E apagar da lembrança teu rosto
Não restaria saudade nem a dor de um adeus
Quisera o esquecimento do que poderia ter sido e não foi
o cheiro,a flor e o beijo
Porque o mundo se perdeu e eu já não existo
Bastaria nunca ter sido a mão calorosa que seguraste
a lembrança que se perdera, a alma entristecida...
Contudo não existiria poesia
noites inacabadas,silêncio e solidão
E a triste tinta chorosa seria
esquecimento...
Wander Almeida

terça-feira, 25 de março de 2008

Breve


A densidade com que me olhas
enfraquece meus sentidos
Seria mais humano se deixasses
As coisas acontecerem por si próprias
naquele dia você assassinou
o meu desejo de te querer
Foi tão breve o adeus
É tão enfático teu esquecimento...
Não tive tempo de dizer o quão foste
Importante em minha vida
Esquecer o que aprendemos
E errando buscando os próprios erros
Encontrei sentido quando percebi
que a vida vale a pena mesmo sem você
Em outros caminhos encontrei teu sabor
E não lembrei que estava sozinho
E a chuva lá fora continua
E aqui dentro se desmancha
Minha saudade...

Wander Almeida
20/03/200

domingo, 23 de março de 2008

Murmúrio



"Murmúrio "

"Traz-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
-vê que nem te peço alegria.
Traz-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traz-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo- -esperança!
- Vê que nem sequer sonho - amor! "

(Cecília Meireles)

quinta-feira, 13 de março de 2008

Carta


angustia da ausência sentida
dor consentida que a alma revela
mágoa profunda da triste partida
pranto da caneta no regaço da folha vil
É a solidão que no peito se sentiu
o despejo da dor que se partiu
o sabor do fel na língua ferida
É o breve instante da despedida
Carta é a renúncia do amor que não veio
triste passamento que não viveu
lamento de quem te esqueceu
Carta é a voz muda que adormeceu...
É a timidez nas mão que amanheceu...

Wander Almeida
14/01/2008

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Talvez


Talvez ainda te encontre nos sonhos
E consertamos o tempo que errou
E que modificou toda a uma existência
A falta de um querer que se findou

Talvez ainda te sinta dentro da vida
Sufocando a dor e a tristeza de outros dias
Tentando apagar o que ficou,cicatriz
Lamento dos gestos sem sentido agora

Talvez volte um dia, alegria
Caminho em tardes ,mão dadas...
Crepúsculo de um novo horizonte...

Talvez nunca mais dor
Renuncia que se viveu outrora
vida que começa agora...

Wander Almeida
17/02/2008

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Adeus



Solto ao vento palavras
É frágil meu coração
e dói minha tristeza
Partiste para longe
tão distante e te sinto
dentro de mim
porque choro a tua ausência
e a melancolia é velha companheira
nas noites frias e nos dias de sol
não fosse teu pudor, talvez seria feliz
talvez um outro amor,
talvez a primavera...
é a incerteza que condena
Fadiga de minha alma
talvez fosses uma mera coincidência
uma estrela que brilhou e se findou...
talvez nem te amasse tanto
se no meio de tudo
não houvesse a palavra adeus...

Wander Almeida 22/01/2008


quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

DEUS

Você que está em mim, como em todas as coisas, me clareie os pensamentos; me dê o equilíbrio necessário para andar com retidão na estrada desta vida.Faça com que eu saiba compreender o processo de transformação das pessoas e de tudo que me rodeia. Faça com que eu saiba me conduzir perante todas as situações em que Você me coloca. Faça com que eu saiba perceber a importância do pensamento limpo, puro, amoroso, para poder viver em paz comigo mesmo e para poder levar a paz e a confiança aos que estão no meu caminho. Faça com que eu saiba discernir sabiamente quando sou colocado em situações que exigem escolhas. Faça com que eu saiba agir acertadamente quando a vida o exigir. Faça com que eu saiba perceber sempre que as soluções para todos os problemas e para todas as dificuldades estão dentro de mim, pois é a Você que devo recorrer quando em desespero, ou em dúvida e é de Você que receberei sempre as mais acertadas e únicas respostas. Conduza-me sempre, meu Deus, pois assim saberei comportar-me em todas as ocasiões, e saberei quando e como estender a mão aquele que você colocou em meu caminho.

Faça também com que eu saiba agradecer sempre a tudo o que me acontece, pois tudo tem uma razão de ser, e se me aconteceu é porque Você está me dando uma chance para aprender o que necessito para o meu maior crescimento. Amém.