quinta-feira, 26 de junho de 2008

'A uma Dor


Chora pueril a tua tristeza
Chora a dor indivisível sentença
Chora tua esperança longínqua
Desprezível, amarga, ausência

Chora tua chaga mutilada fétida
Desprezada, lisa, sem tempo
Chora tua solidão, líquida, ríspida
Jorrada em silaba no vento

Chora o que foi um dia a vida
Êxtase de ternura, loucura consentida
Amanhecer de formosura divisível

Chora o amor que te amou, querida
Que agora anda perdido sem vida
Amor este que te escreve ainda.

Wander Almeida

23/06/2008
...Um olhar de despedida, deu flor por toda a vida.
O sonho foi sonhado e o padecimento aceito,
e onde estás amor perfeito...
Cecília Meireles