quinta-feira, 13 de março de 2008

Carta


angustia da ausência sentida
dor consentida que a alma revela
mágoa profunda da triste partida
pranto da caneta no regaço da folha vil
É a solidão que no peito se sentiu
o despejo da dor que se partiu
o sabor do fel na língua ferida
É o breve instante da despedida
Carta é a renúncia do amor que não veio
triste passamento que não viveu
lamento de quem te esqueceu
Carta é a voz muda que adormeceu...
É a timidez nas mão que amanheceu...

Wander Almeida
14/01/2008